Na categoria cidades médias, São Lourenço foi eleita a melhor cidade para se envelhecer com o maior índice de desenvolvimento de longevidade
Traduzindo em São Lourenço se vive mais e melhor!
O Instituto de Longevidade apresentou ontem 26/10 a terceira edição de sua pesquisa, o Índice de Desenvolvimento Urbano para Longevidade (IDL). Realizado em 2023, esse instrumento mede o grau de preparação dos municípios brasileiros para o envelhecimento de suas comunidades. Nessa edição, a pesquisa passou por transformações, o que tornou possível avaliar todos os municípios brasileiros no seu preparo para acolher sua população 60+.
Com o objetivo de avaliar a capacidade dos municípios em criar as condições adequadas para um envelhecimento saudável e sustentável, o IDL 2023 traz uma grande novidade: pela primeira vez, todos os 5.570 municípios brasileiros foram contemplados.
“O IDL atinge na sua terceira edição a condição a que sempre almejamos: uma avaliação de escala nacional”, explica Gleisson Rubin, diretor do Instituto de Longevidade. “Os dados do Censo 2022, à medida que vão sendo revelados, reforçam a já sabida necessidade de nos planejarmos para o envelhecimento da população.”
De acordo com dados levantados pelo IBGE, relacionados ao Censo 2022, a população brasileira está envelhecendo cada vez mais. A previsão é que, em 2050, um a cada quatro brasileiros tenha 60 anos ou mais. Para Gleisson, se torna fundamental, então, entender o que é preciso para garantir longevidade e um envelhecimento ativo e saudável à população.
“O papel de um índice que permita entender a realidade municipal de cada localidade do país para lidar com os desafios e as oportunidades dessa proporção crescente de idosos – e de idosas, em particular – é enorme. Essa terceira edição é um feito digno de ser comemorado”, ressalta.
Em sua terceira edição, o IDL 2023 traz uma outra novidade, além do aumento no número de municípios analisados: a criação da categoria Cidades Médias. A criação dessa terceira categoria objetiva preservar certa homogeneidade de características existentes entre cidades com tamanho populacional semelhante.
Para avaliar todos esses municípios, foram definidos 23 indicadores divididos em três variáveis:
Saúde
Os indicadores desta dimensão buscam mensurar os fatores de saúde que afetam a qualidade de vida da população com 60 anos ou mais. São eles:
- Estabelecimentos de saúde;
- Leitos hospitalares;
- Profissionais de saúde;
- Cobertura vacinal;
- Procedimentos ambulatoriais;
- Procedimentos hospitalares;
- Óbitos por doenças infecciosas e parasitárias;
- Óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas;
- Óbitos por doenças de aparelho circulatório;
- Óbitos por causas externas.
Socioambiental
Os indicadores desta dimensão buscam mensurar os fatores socioambientais que afetam a qualidade de vida da população com 60 anos ou mais. São eles:
- Mortalidade por causas não naturais;
- Carga tributária;
- Engajamento cívico de idosos;
- Relações afetivas;
- Conectividade;
- Aprendizado contínuo entre idosos.
Economia
Os indicadores desta dimensão buscam mensurar os fatores econômicos que afetam a qualidade de vida da população com 60 anos ou mais. São eles:
- Representatividade da população de idosos;
- Longevidade esperada aos 60 anos;
- Produção de riqueza municipal;
- Capacidade de consumo de aposentados;
- Segurança financeira dos idosos;
- Vulnerabilidade social dos idosos;
- Endividamento municipal.
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Cidades Médias
Nova categoria do IDL 2023, aqui foram avaliados 674 municípios com número de habitantes variando entre 34.850 e 99.999.
1º lugar: São Lourenço/MG
São Lourenço está posicionado em 1º lugar na categoria Cidades Médias e ganha destaque em alguns indicadores: 18º município com maior número de pessoas idosas, 9º lugar em maior número de estabelecimentos de saúde e 32º lugar em maior número de profissionais de saúde de nível superior.
Na dimensão Socioambiental também apresenta bons números, conquistando o 47º lugar de número de matrículas no ensino superior de pessoas acima dos 60 anos e é a 13ª cidade com menor número de óbitos por causas não naturais.
Em 2º lugar ficou Gramado/RS e 3° lugar ficou São Miguel do Oeste /SC