Guaxupé viveu momentos de tensão na madrugada desta terça-feira (8), quando grupos criminosos armados promoveram ataques simultâneos ao quartel da Polícia Militar e a uma agência bancária local. A ação ocorreu por volta de 1h45 e envolveu o uso de explosivos e armas de alto calibre.
Durante o confronto, um policial militar que estava de plantão foi atingido na mão por estilhaços. Ele recebeu atendimento e não corre risco de vida. Até o momento, ninguém foi preso.
De acordo com informações da Polícia Militar, os criminosos agiram de forma coordenada e violenta, característica do chamado “novo cangaço” — uma modalidade de crime organizado em que bandos fortemente armados invadem cidades pequenas para realizar assaltos, geralmente a instituições financeiras, espalhando pânico e tentando inibir a reação policial.
O ataque ao quartel da 79ª Companhia da PM teve início com uma série de disparos. Imagens de câmeras de segurança registraram a chegada dos criminosos e o tiroteio que causou danos à estrutura do prédio, atingindo janelas, portas e paredes.
Paralelamente, outro grupo atacou a agência bancária no centro da cidade. Segundo o chefe do 18º Departamento da Polícia Civil, delegado Marcos de Sousa Pimenta, os assaltantes usaram explosivos para invadir o local. A motivação exata da ação ainda é investigada, mas não há confirmação de que valores tenham sido levados. Informações iniciais apontam que os caixas eletrônicos não seriam o alvo principal.
Vídeos gravados por moradores e divulgados nas redes sociais mostram criminosos circulando pelas ruas com fuzis e realizando diversos disparos, reforçando o cenário de terror vivido pela população durante a madrugada.
Em nota oficial, o governo de Minas Gerais informou que as buscas pelos responsáveis seguem em andamento e que o policiamento foi reforçado na região. O vice-governador Mateus Simões (Novo) comentou que o episódio é preocupante, mas destacou que esse tipo de ataque tem se tornado cada vez menos frequente no estado.
As forças de segurança continuam mobilizadas em operações para localizar e prender os envolvidos.
Imagens: PMMG