A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (27) uma decisão que determina a interdição da pasta de dente Colgate Clean Mint. A medida foi tomada após diversos relatos de consumidores sobre efeitos adversos relacionados ao uso do produto. A interdição tem um prazo inicial de 90 dias, podendo ser revista caso a fabricante apresente recursos e esclarecimentos.
Segundo a Anvisa, a ação foi motivada pelo “número significativo de relatos de eventos adversos associados ao uso do produto”. Entre os sintomas relatados por consumidores estão aftas, bolhas, sangramentos na gengiva e dores nas amígdalas. Essas reclamações foram amplamente divulgadas em redes sociais e na plataforma “Reclame Aqui”.
De acordo com a agência reguladora, entre 1º de janeiro e 19 de março deste ano, foram registradas oito notificações oficiais envolvendo 13 casos de reações adversas ao produto.
A Colgate se manifestou por meio de nota, informando que a nova fórmula do Colgate Total inclui fluoreto de estanho, um ingrediente seguro e amplamente utilizado em cremes dentais em todo o mundo. A empresa afirmou ainda que a nova composição é resultado de mais de uma década de pesquisa, desenvolvimento e testes rigorosos, incluindo avaliações realizadas no Brasil.
A interdição do produto levanta preocupações sobre a segurança da nova fórmula e reforça a importância do monitoramento contínuo dos impactos dos produtos de higiene e saúde no consumidor. A Anvisa segue investigando os relatos e aguarda um posicionamento mais detalhado da fabricante.
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