Se for contar todas as histórias com o querido compadre de meu pai, que veio do Líbano no mesmo navio e da mesma cidade, acho que teria q escrever o décimo livro. Chegaram ao porto do Rio no dia 14 de agosto de 1922 e se surpreenderam com os enfeites na Praça Mauá e adjacências, alusivos ao Centenário da Independência. Anos depois da chegada ele mandou buscar aquela que seria sua esposa, Uadhia Chalfoun. Um fato triste e que talvez muito lavrense não saiba é que tiveram uma outra filha sem ser a Adélia. Eu penso que era mais velha que o Elias, morto tragicamente em outubro de 72. Pois havia uma cisterna em seu quintal e a menina caiu lá. Deve ter sido no final dos anos 20. Desesperado ele desceu para tentar salvá-la e subiu segurando-a entre os dentes. Em vão. Acho q ela tinha uns 2 anos. Não sei se a casa era a que conheci, atrás da loja A Jovem Brasileira, onde havia coelhos que eu adorava ver. Mas sei que algumas décadas depois, eles tinham um sítio com lago e o Elias desejou um pedalinho, que eram chamados de gaivotas e que tinha no lago do parque em São Lourenço. Deu trabalho achar, mas foi comprado. Lavras para mim, apesar de ter inúmeros parentes mais perto, sempre foi sinônimo de Abrão Curi. Esta é uma pequena parte das histórias daquela figura folclórica, que povoou minha infância e parte da juventude.