O Ministério Público de Goiás (MPGO), através do CyberGaeco, deflagrou na última terça-feira (21/1) a Operação Escola de Papel, voltada ao combate de uma organização criminosa especializada na produção e comercialização de diplomas e carteiras estudantis falsos. A operação teve apoio do Gaeco de Minas Gerais e envolveu dezenas de agentes, incluindo promotores e policiais, em ações realizadas na cidade de São Lourenço (MG).
De acordo com MPGO, foram cumpridos mandados de prisão preventiva, buscas e apreensões, além de medidas inovadoras no ambiente digital, como a coleta automatizada de dados. A Justiça determinou também o bloqueio de bens e valores dos suspeitos, alcançando R$ 17,3 milhões por investigado.
Investigação começou com fraude em Goiás
As apurações começaram em Perolândia, Goiás, quando servidores públicos apresentaram diplomas duvidosos para obter gratificações salariais. Os documentos, emitidos por uma instituição localizada a mais de mil quilômetros da cidade, despertaram suspeitas. O aprofundamento das investigações revelou uma rede criminosa que atuava por meio de sites, oferecendo diplomas falsos, inclusive em áreas sensíveis como medicina, sem qualquer respaldo real.
A operação inovou ao empregar técnicas como infiltração digital e interceptação telemática, inéditas nas investigações do MPGO. Além disso, seis sites usados pelo grupo foram derrubados, e perfis relacionados em redes sociais foram suspensos.
O MPGO segue investigando o caso e deve apresentar denúncia nos próximos dias. A operação reforça o papel do órgão no enfrentamento de crimes cibernéticos que comprometem a segurança e a credibilidade de setores essenciais da sociedade.
Imagem: Reprodução Ministério Público do Estado de Goiás